aprenda a fazer a Receita de Barreado Tradicional
O barreado ou carne barreada é um prato típico do litoral paranaense, sendo o mais tradicional do estado.
Ingredientes:
- 4 cebolas cortadas em quatro partes
- 4 tomates sem sementes picados
- 3 folhas de louro
- Cominho em pó a gosto
- Sal a gosto
- 1 maço de cheiro verde picado
- 1 pimenta malagueta picada
- 2 kg de alcatra em cubos médios
- 1 kg de patinho em cubos médios
- 1/2 kg de toucinho em cubos médios
- 1/2 xícara (chá) de vinagre branco para regar
- 1/2 xícara (chá) de azeite para regar
- Farinha de mandioca para barrear
Modo de Preparo:
- Em uma tigela, misture a cebola, o tomate, o louro, o cominho, o sal, o cheiro-verde e a pimenta.
- Em uma panela de barro ou de pedra (que possa ir à mesa), alterne camadas de alcatra, patinho, tempero e toucinho.
- Regue com o vinagre e o azeite.
- Tampe a panela e leve à geladeira por 12 horas para descansar.
- Faça uma pasta com farinha de mandioca e água e tampe a panela, apertando bem para fechar.
- Leve ao fogo baixo e cozinhe por 4 horas.
- Se estiver escapando vapor, faça mais um pouco de pasta de farinha com água e tampe todos os vãos, reforçando o “barreado”. Durante o cozimento, não pode escapar nem um pouco de vapor.
- Sirva em seguida.
Dica: Caso não tenha panela de barro, cubra todos os ingredientes com água. Feche a panela e coloque para cozinhar em fogo alto no mínimo por 3 horas.
Para servir: Coloque duas colheres de Farinha de Mandioca Branca Caldo Bom para duas conchas de Barreado. É importante que a carne esteja bem quente, assim ajuda a cozinhar um pouco da farinha no momento da mistura. Como acompanhamento a sugestão é uma banana.
Segundo o Wikipédia: Sua origem é açoriana de um ritual de mais de 300 anos ainda seguido no preparo do prato. A origem é atribuída aos portugueses que vieram para o litoral do Paraná no século XVIII. Os registros antigos indicam a vila de Guaraqueçaba como a disseminadora da receita. O tempero do prato seguiu junto com outras manifestações culturais para o continente, entre elas o fandango, dança de tamancos ao som da rabeca, trazidos pelos açorianos e que são típicos da cultura caiçara.
O costume de cozinhar a carne bovina foi levado ao litoral do Paraná pelos primeiros portugueses que chegaram na região. Os portugueses realizavam os mutirões, que na linguagem indígena era denomina de “pixirum”, que significa “fazer tudo em conjunto”. A população local, formada por portugueses, caboclos e indígenas, se reuniam, por exemplo, em colheitas e construções de igrejas e escolas. Nessas mutirões sempre serviam cachaça e refeições com bastante sustâncias, como a carne barreada, que era considerada simples e de fácil preparado, podendo ainda ser requentada diversas vezes no fogo a lenha.
Posteriormente, com a popularização das festas de carnaval nas vilas do litoral, sempre serviam o barreado para os foliões, acompanhado de cachaça. O barreado era servido no entrudo, que antecede o carnaval, como também durante as noites de folia. O barreado era servido ainda nas festas de fandango, com muita música e dança.
Com o início do ciclo do tropeirismo no Paraná, a região passou a ser passagem dos tropeiros que percorriam os caminhos das tropas em direção à São Paulo. Esses viajantes paravam na região, principalmente em Morretes, onde procuravam a cachaça e o barreado para matar a fome.
Já no século XX o barreado passou a ser considerado uma atração turística. Com a consolidação do turismo na região, os restaurantes começaram a resgatar os saberes culinários e servir os pratos típicos do litoral.
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